sexta-feira, 24 de setembro de 2010

se um dia chover no teu retrato

se um dia chover no teu retrato e as imagens descolorarem.se a memória escorrer lenta .ou correr rápida como a corrente invisível e imparável de um rio.ainda assim guardarei num sítio secreto,anterior a todos os meus olhares,não identificado com o teu nome ou sequer as linhas do teu rosto, o sentido imenso e intraduzível das tuas palavras. quando as juntas ,a argamassa que as liga não se vê,mas está lá.e elas são outra coisa que não apenas palavras.são as companheiras certas,no sítio certo.não sobram,nem faltam.são aquelas e não outras.e vão muito além do que aparentemente dizem,na sua quase insuspeita simplicidade. elas desafiam o impossível ,trascendem,e são ainda mais inseparáveis do que nós,que sentimos o perto, apesar de no longe nos situarmos sempre.
serão por isso ,para sempre,para mim, um símbolo do abraço que nunca te dei ou porventura darei,a não ser quando te Leio.
e sei que outros olhos te lerão,mesmo depois de nos irmos para outras paragens.
o abraço continuará, apesar de todos os retratos e de todas as imagens safadas da tua ou da minha memória. a tua poesia será o retrato impagável .de ti e das tuas memórias sensíveis.de todos os teus laços,só na aparência perdidos.

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