sexta-feira, 25 de junho de 2010

há um lago

sim,há.

há um lago
estendido
nesse horizonte vago
dos olhos meus
engolindo a tristeza
dos pássaros planantes,

razando o sonho em vida.

sim,há.

há um vôo profundo
teimando.
e mergulha
na água desses olhos cinza,
num dia claro.

rezam cegas as vozes
de oiro,enlutadas,mortas,
e acompanham
num coro desfasado
todo o não entendimento
deste vôo singular.

e indiferente a isto
mergulha um pássaro
triste e belo
e ergue-se molhado
por cima da terra

desenha na linha paralela
um perfeito ciclo
que encerra
a mais bela solidão
em liberdade.

e todo o lago se detem
na imobilidade
mágica
de quem não chora água
nem canta lamentos

mas apenas desenha
palavras
aladas
sentidas
marcadas
no espaço vazio
e pleno

deste ar.

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